fortalecer a imunidade

O sistema imunológico, ou sistema imune humano, é o conjunto de células e moléculas responsáveis por reconhecer um agente estranho (antígeno) e desenvolver resposta a ele, garantindo a defesa do corpo contra infecções e doenças. A imunidade, por sua vez, pode ser definida como a capacidade que nosso corpo possui para nos proteger dos antígenos. Quando nossa imunidade está fragilizada, essa capacidade de defesa diminui e consequentemente ficamos mais suscetíveis a contrair doenças.

É importante destacar que o novo coronavírus é um agente infeccioso que se transmite muito facilmente. Pessoas com o sistema imunológico saudável e sem doenças crônicas preexistentes provavelmente terão sintomas leves ou podem até mesmo não desenvolver a Covid 19. No entanto, esses fatores não garantem que a pessoa não contrairá o vírus.

Veja também: O que é o Coronavírus? Confira informações e saiba como se prevenir

Mesmo com as medidas de prevenção direta, como lavar as mãos com frequência, evitar aglomerações e usar máscara sempre que exposto, qualquer pessoa está sujeita à infecção pelo novo coronavírus, mas reforçar a imunidade é essencial para evitar a aceleração da doença. Uma alimentação balanceada, ingestão de água e atividades físicas moderadas, entre outros hábitos para uma vida saudável, ajudam o sistema imunológico a estar cem por cento pronto para enfrentar o vírus.

Veja a seguir algumas dicas que podem ajudar a fortalecer a imunidade:

Alimentação

Segundo a ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), a nutrição está diretamente ligada a melhora da imunidade e da qualidade de vida de forma geral. Uma dieta baseada em carnes e frutos do mar, leguminosas, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas), verduras e frutas, garantem os nutrientes essenciais para o bom funcionamento do sistema imunológico.

Dentre os micronutrientes mais relevantes para modular a resposta imune, podemos destacar:

  • Zinco (presente nas carnes vermelhas, vísceras, fígado, peixes, ovos, feijão e cereais integrais);
  • Ferro (vegetais verdes escuros, feijão e carnes em geral);
  • Selênio (castanha-do-pará, trigo, arroz, gema de ovo, sementes de girassol e frango);
  • Vitamina A (fígado, bacalhau e vegetais verdes escuros ou alaranjados);
  • Vitamina C (Mamão, manga e frutas cítricas como a laranja, goiaba, limão, morango, acerola, abacaxi);
  • Vitaminas do complexo B (Banana, batata, nozes, ovos, carnes em geral, leite e derivados, e cereais integrais como aveia, arroz integral, quinoa e amaranto).

É fundamental mencionar a existência de muitas notícias falsas sobre alimentação e coronavírus. Não existe nenhuma receita ‘milagrosa’ ou alimentos que combatam comprovadamente a infecção. Sempre busque informações em sites confiáveis e fontes embasadas por especialistas da área da saúde.

Hidratação

Manter-se hidratado é de extrema importância para garantir uma boa imunidade. A água é essencial para o funcionamento de todas as células e órgãos do nosso corpo, inclusive pela defesa contra agentes infecciosos.

Segundo o Dr. Dráuzio Varella, a quantidade de água a ser ingerida depende da quantidade de exercício realizada diariamente, do peso corporal e até da temperatura do ambiente em que estamos. É recomendado que estejamos atentos a nossa sensação de sede, já que um corpo humano saudável é sábio e consegue identificar quando precisamos nos hidratar.

Uma dica também é analisar a coloração da urina no dia a dia: o ideal é que ela seja amarelo-clara. Se a urina estiver amarelo-escura, com forte odor e você estiver indo menos vezes do que costuma ao banheiro, é sinal de que está ingerindo pouca água.

Higiene

Maus hábitos de higiene podem comprometer o sistema imunológico. Algumas atitudes básicas são eficazes e podem fazer a diferença no combate às infecções:

  • Lavar bem as mãos;
  • Tomar banho diariamente;
  • Limpar os alimentos antes de consumi-los;
  • Utilizar máscaras e luvas sempre que necessário;
  • Manter a casa limpa e ventilada.

Atividade física

Nosso corpo não feito para ficar parado. Uma pesquisa da Universidade de Bath, na Inglaterra, enfatiza a necessidade que o corpo humano tem de se movimentar e comprova que um estilo de vida mais ativo ajuda a controlar o desenvolvimento de doenças bacterianas e virais.

O estudo ainda concluiu que a prática de exercícios de baixa a média intensidade, como corrida e caminhada regular ou treinos de força, auxiliam na produção de células T naïve. Essas células são responsáveis por reconhecerem antígenos novos que nunca entraram no corpo e pela resposta rápida do organismo a esses agentes estranhos.

A proteção da imunidade garante a manutenção da qualidade de vida diariamente. Vale ressaltar que pessoas acima de 60 anos, com histórico de diabetes, hipertensão, problemas respiratórios ou outros, devem ter os cuidados com o sistema imune redobrados.